Intelig
Intelig | |
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Razão social | Intelig Telecomunicações Ltda. |
Empresa de capital fechado | |
Atividade | Telecomunicações |
Fundação | 23 de janeiro de 2000 (24 anos) |
Destino | Adquirida pela TIM Brasil |
Encerramento | 2010 |
Sede | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil |
Área(s) servida(s) | Brasil |
Proprietário(s) | Telecom Italia |
Empregados | cerca de 600 |
Produtos | Telefonia fixa |
Faturamento | R$ 740 milhões (2007) |
Sucessora(s) | TIM Empresas |
Website oficial | inteligtelecom |
A Intelig Telecom foi uma empresa de telecomunicações brasileira que atuou entre 2000 e 2010.
Histórico
[editar | editar código-fonte]A Intelig foi criada em 1999 inicialmente como operadora de longa distância que atuava como espelho da operadora Embratel, em política que visava a fomentar a concorrência no mercado brasileiro de telecomunicações após a privatização do sistema Telebrás. A empresa foi criada pelo consórcio Bonari, formado por três multinacionais: National Grid (Grã-Bretanha), France Telecom (França) e Sprint (EUA), que detinham 50%, 25% e 25% da empresa, respectivamente.[1]
Com investimentos de R$ 2,8 bilhões, a Intelig Telecom começou a construir sua rede em 1999, antes mesmo de entrar em operação. Em dois anos, implementou sua rede de telecomunicações no país. [2]
O nome da companhia foi escolhido em uma eleição por telefone, na qual três atrizes representavam as opções para o público votar: Letícia Spiller com o nome Unicom; Deborah Secco, com Intelig; e Adriane Galisteu com a marca Dialog. [1]
Ao entrar em operação, em 23 de janeiro de 2000, a empresa trouxe, pela primeira vez ao país, a concorrência na área de telefonia de longa distância nacional e internacional. Em 23 de novembro do mesmo ano, apresentou seu portfólio de soluções para o mercado corporativo. [2]
Em 2002, os sócios puseram a Intelig à venda por falta de interesse dos sócios.[3][4][5]
A empresa entrou no mercado de telefonia local em setembro de 2003 e passou a se chamar Intelig Telecom. Em 2005, lançou o provedor de internet grátis InteligWeb.[2]
No ano de 2006, com rede 100% digital, a empresa possuía 15 mil quilômetros de rede de fibra ótica própria instalados por todo o Brasil, além de nove centrais telefônicas, 10 estações satelitais, conexão às grandes redes internacionais e capacidade nos principais sistemas de cabos submarinos, como o AmericasII, Globenet, Global Crossing e o Atlantis2.[6]
Em janeiro de 2008, o Grupo Docas, do empresário Nelson Tanure, anunciou ter celebrado um contrato para a aquisição da Intelig, tendo a operação sido aprovada pela Anatel em 31 de julho de 2008. Segundo o comunicado do Grupo Docas, a Intelig tem um faturamento anual de aproximadamente R$ 740 milhões e possui mais de 3 milhões de usuários mensais por meio do código 23 e 2 milhões de clientes corporativos, incluindo 94 das 500 mais importantes corporações nacionais.[2]
Em 2009, foi eleita pelo Great Place to Work Institute (GPTW) como uma das cem melhores empresas para se trabalhar no Brasil.[7]
No ano de 2009, foi comprada pela operadora ítalo-brasileira TIM, juntando os dois códigos: 23 e 41, com o ímpeto de concorrer principalmente com a nacional Oi, que usava os códigos 31 e 14 (antiga Brasil Telecom), além da Embratel/Claro, Vivo/Telefónica/GVT e Nextel, todas multinacionais. Com a aquisição, esperava-se uma economia expressiva de custos com o aluguel de redes de empresas. Além do pagamento em ações ordinárias e preferenciais da TIM à Docas, a operadora de celular assumiu cerca de US$ 70 milhões da dívida financeira da Intelig. Em dezembro, a Intelig foi incorporada pela TIM. [8][9][10]
A empresa era sediada no Rio de Janeiro, no mesmo prédio da sede da Coca-Cola Brasil. A Intelig Telecom possuía, ainda, escritórios regionais nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná e no Distrito Federal.
Operação
[editar | editar código-fonte]Com a abertura do mercado de longa distância em 2002, e o incremento na concorrência, a empresa ampliou seu portfólio de produtos, passando a oferecer serviços de dados (VPN, DIP, ATM, entre outros), ligações locais e de hubbing para outras empresas de telecomunicações.
Seu foco era o mercado corporativo, para o qual a empresa oferecia soluções de telefonia e de comunicação de dados.
A Intelig Telecom operava serviços de longa distância nacional e internacional através do CSP (código de seleção de prestadora) 23.
InteligWeb
[editar | editar código-fonte]A exemplo de outras operadoras, a Intelig Telecom entrou no mercado de provedores de acesso, oferecendo o serviço de acesso discado gratuitamente com a marca InteligWeb.
Com a InteligWeb, o tempo de conexão virava Piiis! e os Piiis! virvaam bônus que valiam como dinheiro: para cada hora de conexão, acumulavam-se até R$ 0,45 (0,45 Piiis!).
O provedor oferecia a seus usuários a possibilidade de comprar produtos com os seus créditos ganhos no programa de afiliação, em lojas associadas ao programa, como as Lojas Americanas, o Carrefour, o Pão de Açucar e o Submarino.
Além disso, oferecia serviços de correio eletronico, fotolog e HD virtual de até 1Gb.
A InteligWeb enviou mensagem de correio eletrônico a todos seus usuários em 24 de agosto de 2010, informando que naquela data terminaria a conexão simultânea nos seus provedores.
No primeiro semestre de 2012, a empresa descontinuou sem aviso prévio os seus serviços de e-mail e disco virtuais, encerrando definitivamente suas operações.
InteligFast
[editar | editar código-fonte]A Intelig também fornecia em São Paulo o acesso à Internet de banda larga nas velocidades de 5 Mbps, 10 Mbps e 15 Mbps, utilizando a tecnologia de rede elétrica (PLC).[11][12][13]
Referências
- ↑ a b «Folha Online - Dinheiro - Intelig vai mudar de nome na véspera de ser vendida - 19/09/2003». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 13 de julho de 2024
- ↑ a b c d «teleco.com.br». Teleco. Consultado em 13 de julho de 2024
- ↑ Redação (24 de janeiro de 2002). «Compra da Intelig fica inviabilizada em 2002». TELETIME News. Consultado em 13 de julho de 2024
- ↑ Redação (29 de outubro de 2003). «Venda da Intelig é negociada com cinco interessados». TELETIME News. Consultado em 13 de julho de 2024
- ↑ Redação (21 de novembro de 2001). «Operadora deixa de ser prioridade para sócios». TELETIME News. Consultado em 13 de julho de 2024
- ↑ Paiva, Fernando (24 de maio de 2006). «Intelig Telecom instala NGN e expande backbone». TI INSIDE Online. Consultado em 13 de julho de 2024
- ↑ Revista Época, n. 588, 24 de agosto de 2009.
- ↑ «TIM fecha acordo para compra da Intelig - Economia - Estadão». Estadão
- ↑ «TIM anuncia conclusão da compra da Intelig | EXAME». exame.abril.com.br. Consultado em 5 de dezembro de 2017
- ↑ «G1 > Economia e Negócios - NOTÍCIAS - TIM fecha incorporação da Intelig por cerca de R$650 mi em ações». g1.globo.com. Consultado em 13 de julho de 2024
- ↑ «Em SP, Intelig testa modelo de BPL com AES Telecom». IT Forum. Consultado em 24 de julho de 2023
- ↑ «Intelig lança banda larga pela rede elétrica em São Paulo». TELETIME News. Consultado em 24 de julho de 2023
- ↑ «Intelig lança plano de Internet pela rede elétrica». Mauro J. Barreto. Consultado em 24 de julho de 2023