Pelucones
Pelucones, em alusão ao anacrônico uso de perucas (peluca em castelhano) por parte da aristocracia, é uma denominação coloquial e depreciativa utilizada no Chile durante a primeira metade do século XX para se referir ao segmento político de orientação conservadora. Já os liberais, eram chamados de pipiolos (inexperientes) pelos pelucones.
História
[editar | editar código-fonte]Inicialmente, durante a independência do Chile, foram chamados de pelucones, chapetones ou realistas os partidários da conservação de uma relação de dependência política com o Império Espanhol.
Segundo Vicuña Mackenna, foram os membros da família Carrera que batizaram de "pelucones" os deputados realistas e os indecisos que se opuseram à aceleração da independência no congresso de 1811. Sem estar constituído fundamentalmente como um partido, o grupo correspondia aos interesse da aristocracia castelhana santiaguina.
Uma vez declarada a independência, e aceitando-se este fato a contragosto, o grupo se tornou mais heterogêneo, e convocou todos os que desejavam que o novo governo desse continuidade ao modelo político e social vigente durante a colônia. Isto é, agrupou partidário de um governo autoritário, centralizado, próximo à Igreja Católica e que reservasse a participação em órgãos jurídicos quase exclusivamente as famílias tradicionais da capital.
Após a batalha de Lircay, na qual as forças liberais foram derrotadas, os pelucones ascendem ao poder e dão início ao período da história do Chile conhecido como República Conservadora.
Em 1851, ainda no comando do país, os se agruparam no Partido Conservador.
Alguns pelucones
[editar | editar código-fonte]Aristocratas
[editar | editar código-fonte]- Juan Agustín Alcalde Bascuñán, IV conde de Quinta Alegre
- Fernando Irarrázaval Mackenna, V marquês de la Pica
Conservadores doutrinários
[editar | editar código-fonte]Intelectuais que apesar de terem apoiado a independência se uniram aos pelucones por suas idéias serem mais próximas da teoria política católica.
- Mariano Egaña
- Diego Antonio Barros
Clero
[editar | editar código-fonte]- José Santiago Rodríguez Zorrilla
- Juan Francisco Meneses